• Dê as mãos a Deus.

  • Deus é bom. Sempre.

  • Orar é escalar até ao coração de Deus.—Martinho Lutero

  • Sua alegria. Nossa força.

  • Eis que estou convosco sempre, até à consumação dos séculos.

Âncora

Devocionais fáceis de usar

  • Rumo ao Céu

    Uma compilação

    [Heavenbound]

    O plano de Deus para nós engloba mais do que apenas comer, beber, nos alegrar e depois morrer, pois a vida é muito mais do que isso. Na verdade, estamos a caminho do céu. Por isso o apóstolo Paulo disse: “Prossigo para o alvo, a fim de ganhar o prêmio do chamado celestial de Deus em Cristo Jesus” (Filipenses 3:14). Pelo fato de a vida não terminar aqui na Terra, precisamos manter nossos olhos fixos no Senhor Jesus Cristo, que pode nos levar desta vida para a próxima, no céu.

    Para enfatizar que o céu, e não a Terra, é a nossa morada permanente, o apóstolo Pedro disse: “Amados, insisto em que, como estrangeiros e peregrinos no mundo, vocês se abstenham dos desejos carnais que guerreiam contra a alma” (1 Pedro 2:11). Portanto, não devemos pensar e agir como se este mundo fosse o nosso lar, pois estamos apenas de passagem. O objetivo final é o céu, o lar dos remidos de Deus. A realidade é que estamos em uma jornada emocionante, desafiadora e gratificante.

    A jornada rumo ao céu é emocionante, porque contamos que coisas boas acontecerão ao longo do caminho, e ainda mais emocionante quando vemos o que nos está reservado. ... Portanto, “encorajemo-nos uns aos outros, ainda mais quando vocês veem que se aproxima o Dia” (Hebreus 10:25). Durante a nossa emocionante jornada rumo ao céu, nós crescemos no conhecimento do Senhor e temos uma boa visão e compreensão do que nos aguarda quando lá chegarmos.

    Estamos em uma jornada gratificante, apesar das provações e dos desafios que podem ser como um balde de água fria logo no início. Mas nosso esforço será recompensado se prosseguirmos rumo ao nosso objetivo sem nos desviarmos por causa das provações e obstáculos. O apóstolo Tiago disse: “Bem-aventurado o homem que persevera na provação, porque, depois de aprovado, receberá a coroa da vida, a qual Deus prometeu aos que o amam” (Tiago 1:12). Portanto, não percamos de vista a recompensa maior nesta jornada de fé.

    O céu é um lugar maravilhoso, mas só chegaremos lá através do nosso Senhor Jesus Cristo. Sem Ele, não entraremos no céu. Por isso, agradeço a Deus por Jesus e por Seu amor. As palavras do apóstolo Pedro são muito verdadeiras: “Mesmo não o tendo visto, vocês o amam; e apesar de não o verem agora, creem nele e exultam com alegria indizível e gloriosa, pois vocês estão alcançando o alvo da sua fé, a salvação das suas almas” (1 Pedro 1:8,9). Amém!—Teck Uy1

    As riquezas eternas do céu

    Aprender a manter os olhos no céu e nas promessas de Deus para o nosso futuro junto a Ele, nos ajuda a enfrentar as dificuldades. Se considerarmos apenas as circunstâncias atuais, é fácil perder de vista a visão panorâmica da eternidade.

    O apóstolo Paulo disse: “Se é somente para esta vida que temos esperança em Cristo, dentre todos os homens somos os mais dignos de compaixão” (1 Coríntios 15:19). Devemos ver além do que estamos passando hoje e pensar no longo prazo, nas recompensas, na felicidade e no fim das batalhas da vida. São muitas as coisas pelas quais podemos esperar, e será mais fácil suportarmos as dificuldades, dores e sofrimentos do cotidiano se pensarmos nas promessas de Deus para os que O amam.

    Jesus disse: “Não se turbe o vosso coração. Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito, pois vou preparar-vos lugar. E, se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez e vos levarei para mim mesmo, para que, onde eu estiver, estejais vós também” (João 14:1-3).

    Para manter a visão celestial precisamos recuar um pouco das obrigações e desafios do dia a dia e ter uma visão panorâmica dos planos e propósitos divinos. Devemos nos lembrar que estamos de passagem neste mundo e que um dia deixaremos para trás todas as lutas, dificuldades e problemas, e só levaremos o que é eterno e duradouro.

    Paulo disse na epístola aos romanos, “considero que os nossos sofrimentos atuais não podem ser comparados com a glória que em nós será revelada” (Romanos 8:18). Nós nem sempre entendemos os propósitos de Deus para tudo o que acontece na nossa vida, mas podemos ficar tranquilos na certeza de que “agora vemos de modo imperfeito, como um reflexo no espelho, mas então veremos tudo face a face. Tudo que sei agora é parcial e incompleto, mas conhecerei tudo plenamente, assim como Deus já me conhece plenamente” (1 Coríntios 13:12).

    Quando dedica o seu tempo e a sua vida ao que tem valor permanente, como o reino de Deus e a Sua justiça (Mateus 6:33), está armazenando tesouros no céu. “Onde estiver o seu tesouro, aí estará também o seu coração” (Mateus 6:20,21).—Maria Fontaine

    A jornada rumo ao céu

    No momento em que meu filho mais velho morreu, entendi que a minha vida nunca mais seria a mesma. Nos primeiros meses eu imaginava uma mudança totalmente negativa, no entanto, nem todas as mudanças foram dolorosas. O Senhor fez algo inesperadamente positivo que permaneceu comigo dez anos depois.

    No dia 10 de novembro de 2013, meu filho morava na minha casa; no dia 11 de novembro de 2013, ele se mudou para o céu. O céu deixou de ser um conceito teológico abstrato e passou a ser o lar, a moradia do meu filho. … O Senhor mudou a minha mentalidade depois dessa perda, ocasionando uma mudança de coração e vida que eu chamo de “mudança rumo ao céu”... Passei a pensar tanto no céu que a questão da eternidade era uma presença constante na minha perspectiva das situações cotidianas.

    Nessa época fiquei conhecendo o apóstolo Paulo, que se tornou meu “amigo”. Comecei a ler suas cartas com um olhar diferente; percebi que Paulo incluía o céu em quase tudo, até nas questões mundanas da vida. ... O que descobri nos ensinamentos do apóstolo sobre o céu é que as realidades eternas da salvação do cristão deveriam naturalmente nos tornar ainda mais conscientes do céu.

    A essência da crença de Paulo é que a vinda de Jesus é a tão esperada visitação divina, conhecida como o Dia do Senhor. ... Os crentes, ao se converterem, são transferidos para esse reino celestial mesmo que ainda estejamos na Terra. Paulo frequentemente refere-se a isso como o Reino de Deus, a nova criação, a era do Espírito ou a luz. Somos libertados do domínio das trevas e levados para o reino do seu Filho amado (Colossenses 1:13). Portanto, assim que passamos a ter fé em Cristo, nos tornamos cidadãos do céu (Filipenses 3:20).

    O Senhor também nos concede bênçãos exclusivas da vida no plano espiritual ainda durante nosso tempo na Terra. Nós nos unimos a Cristo, que é a essência da nossa alegria espiritual. Na epístola aos Colossenses, Paulo afirma a bênção celestial da nossa união com Cristo: “Cristo em vós, esperança da glória” (Colossenses 1:27). Além disso, ao falar do Espírito Santo que habita em nós, ele o considera a “garantia”, ou o “penhor” da futura comunhão com Deus no plano celestial. Como resultado de todas essas novas realidades trazidas pela vida, morte e ressurreição de Cristo, Paulo viveu com um pé no céu e um dedo na terra.

    A jornada rumo ao céu começa com o conhecimento das realidades eternas da salvação hoje e no futuro, que lhe trarão vida, esperança e alegria! Viver visando o céu, onde a eternidade é o pano de fundo da sua consciência cotidiana, é uma obra da graça do Espírito Santo em seu coração, mente e vida. Busque a verdade divina sobre o céu e ore para que se realize. O Senhor pode surpreendê-lo com uma inspiradora mudança espiritual em sua vida, assim como, inesperadamente, trouxe beleza das cinzas na minha vida.—Cameron Cole2

    Publicado no Âncora em abril de 2025.


    1 Teck Uy, “Heavenward,” Friends of Jesus Christ, Canadá, 21 de janeiro de 2018, https://friendsofjesuschrist.com/2018/01/21/heavenward/

    2 Cameron Cole, “Looking Heavenward Transforms Our Sorrow,” Crossway, 18 de abril de 2024,

    https://www.crossway.org/articles/looking-heavenward-transforms-our-sorrow/

  • Abr 21 Os Dois Construtores
  • Abr 16 A Glória da Páscoa
  • Abr 16 É Necessário que o Filho Ressuscite: Por que a Páscoa Era Inevitável
  • Abr 14 Lições da Cruz
  • Abr 11 Não Quebrará o Caniço Rachado
  • Abr 10 Correndo a Corrida que nos É Proposta
  • Abr 8 Coragem e Bravura
  • Abr 3 Relacionamentos
  • Mar 31 De um Amigo para Outro
   

Espaço dos Diretores

Estudos bíblicos e artigos para edificação da fé

  • 1 Coríntios: Capítulo 10 (versículos 1–15)

    [1 Corinthians: Chapter 10 (verses 1–15)]

    Após abordar a vida cristã e utilizar a analogia de uma corrida para destacar a determinação e autodisciplina necessárias para conquistar o prêmio, Paulo continuou sua exortação aos crentes de Corinto.

    Porque não quero, irmãos, que vocês ignorem o fato de que todos os nossos antepassados estiveram sob a nuvem e todos passaram pelo mar. Em Moisés, todos eles foram batizados na nuvem e no mar(1 Coríntios 10:1–2).

    Paulo usou a palavra “irmãos” aqui, traduzida em outras versões da Bíblia de maneiras diversas — como “companheiros” ou “irmãos e irmãs” — para demonstrar sua preocupação com os coríntios. Era firme com eles, pois os amava e se importava profundamente com eles. Os coríntios que comiam carne sacrificada a ídolos possuíam um certo grau de entendimento de que o ídolo não significa nada no mundo e que só existe um Deus (1 Coríntios 8:4), mas Paulo temia que eles desconhecessem as lições da história do Antigo Testamento e os riscos da idolatria.

    Explicou os perigos traçando duas comparações entre as experiências dos coríntios e o peregrinar dos israelitas pelo deserto. Primeiro, Deus providenciou uma nuvem para guiar Israel para fora do Egito (Êxodo 13:21–22) e usou Moisés para dividir o Mar Vermelho e salvar Seu povo (Êxodo 14:21–31). Paulo interpretou esses acontecimentos como os israelitas tendo sido batizados em Moisés, para demonstrar que, de forma similar, os crentes de Corinto foram batizados em Cristo por meio do batismo. Paulo faz essa analogia para relacionar Israel com os coríntios e, por extensão, as lições aprendidas no êxodo.

    todos comeram do mesmo alimento espirituale beberam da mesma bebida espiritual; pois bebiam da rocha espiritual que os acompanhava, e essa rocha era Cristo (1 Coríntios 10:3–4).

    Ao se referir à comida e à bebida como espirituais, Paulo falou do maná vindo do céu, o qual Deus fornecera a Israel por quarenta anos (Êxodo 16:12–35) e a água que Ele fizera jorrar da rocha em pelo menos duas ocasiões (Êxodo 17:6; Números 20:11). Paulo conectou simbolicamente Cristo à água que dá vida, afirmando que “a Rocha” era Cristo. Assim, o apóstolo descreve Cristo como Aquele que acompanha os israelitas e Lhe atribui o título de “Rocha”, um nome do Antigo Testamento para designar Deus (Deuteronômio 32:4, Salmo 18:2).

    Contudo, Deus não se agradou da maioria deles; por isso os seus corpos ficaram espalhados no deserto (1 Coríntios 10:5).

    Em seguida, Paulo abordou sua principal preocupação. Em quatro versículos, ele mencionou cinco vezes que “todos” os israelitas compartilharam experiências comuns (1 Coríntios 10:1–4). Estiveram unidos em suas vivências com a graça de Deus, assim como os coríntios foram unidos no batismo cristão e na Ceia do Senhor.

    Embora a graça de Deus fora desfrutada por todo o Israel, Deus não Se agradou da maioria dos que migraram do Egito para a Terra Prometida, pelo que muitos morreram no deserto e não tiveram permissão para entrar na Terra Prometida. Paulo mencionou isso para chamar a atenção para uma situação semelhante na igreja de Corinto. Todos os membros da igreja haviam iniciado uma jornada espiritual em Cristo, participado do batismo e da Ceia do Senhor, mas isso não lhes concedia a liberdade de se envolver em comportamentos que desagradavam a Deus, semelhantes aos que resultaram em punições severas sobre o povo de Israel.

    Essas coisas ocorreram como exemplos para nós, para que não cobicemos coisas más, como eles fizeram (1 Coríntios 10:6).

    Os coríntios deveriam evitar direcionar suas afeções às coisas malignas. Talvez Paulo estivesse aludindo a Números 11:4–6, onde os israelitas valorizavam a comida do Egito em detrimento à lealdade a Deus. Tantos foram os pecados de Israel que, dos adultos que originalmente saíram do Egito, todos morreram no deserto, exceto dois (Números 32:11–13). Até mesmo Moisés não teve permissão para entrar na Terra Prometida (Números 20:12).

    Paulo destacou esses exemplos para advertir os coríntios sobre a natureza das bênçãos de Deus. Desobedecer a Deus deliberadamente poderia trazer aos coríntios consequências semelhantes às sofridas pelos israelitas. Paulo queria que os coríntios não permitissem que seus desejos desordenados se sobrepusessem à lealdade que deviam a Deus.

    Não sejam idólatras, como alguns deles foram, conforme está escrito: “O povo se assentou para comer e beber, e levantou-se para se entregar à farra” (1 Coríntios 10:7).

    Segundo, Paulo advertiu os crentes a não se tornarem idólatras, visto que alguns deles já o eram. Referiu-se ao episódio citado em Êxodo 32:6 para reforçar seu argumento. Enquanto Moisés recebia os Dez Mandamentos no Monte Sinai, Israel começou a se entregar a celebrações pagãs diante de um bezerro de ouro que haviam confeccionado, envolvendo refeições rituais semelhantemente ao que faziam os coríntios em templos pagãos. Por causa dessa idolatria, Deus quase destruiu a nação de Israel. Ordenou que Moisés executasse três mil homens (Êxodo 32:28). Assim, Paulo alertou os coríntios para que levassem muito a sério a tentação de se envolver em práticas de alimentação idólatra.

    Não pratiquemos imoralidade, como alguns deles fizeram e num só dia morreram vinte e três mil (1 Coríntios 10:8).

    No terceiro exemplo, Paulo advertiu contra a imoralidade sexual, fazendo referência a um incidente registrado em Números, quando vinte e três mil israelitas morreram após se envolverem em idolatria e rituais de fertilidade (Números 25:1–9). A referida passagem dá conta que vinte e quatro mil pessoas morreram, vítimas de uma praga, como forma de punição de Deus por esses pecados. Embora o número citado por Paulo seja um pouco diferente, sua mensagem é clara: muitos pereceram devido à participação em ritos de fertilidade pagãos.

    Na época, os praticantes de religiões de fertilidade acreditavam que participar de prostituição e orgias religiosas trazia saúde, fertilidade e prosperidade, prática presente na idolatria vivida em Corinto. Assim, o aviso de Paulo era enfático: comer carne sacrificada a ídolos em templos pagãos e se envolver em seus rituais poderia levar à imoralidade sexual, comportamento ao qual os coríntios já estavam inclinados (1 Coríntios 6:15–16).

    Não devemos pôr o Senhor à prova, como alguns deles fizeram e foram mortos por serpentes (1 Coríntios 10:9).

    No quarto exemplo, Paulo advertiu os coríntios a não porem o Senhor à prova, como fizeram alguns israelitas no passado, quando blasfemaram contra Deus ao rejeitar o maná (Números 21:4–9). Paulo usou essa narrativa porque alguns em Corinto não estavam satisfeitos com o que Deus lhes havia dado em Cristo. Assim como os israelitas desejaram outro alimento além do maná, os coríntios ansiavam tanto pela carne que ignoravam todas as outras considerações. A retribuição de Deus contra os israelitas antigos servia como um alerta claro aos coríntios para que evitassem essas práticas.

    E não se queixem, como alguns deles se queixaram e foram mortos pelo anjo destruidor (1 Coríntios 10:10).

    A quinta advertência de Paulo era para que os coríntios não se queixassem, como alguns deles já estavam fazendo, como repetidas vezes fizeram os israelitas no deserto, ao murmurarem contra Deus e contra Seus líderes (Êxodo 15:24; Deuteronômio 1:27). Embora as Escrituras não mencionem um momento específico em que o anjo destruidor tenha aparecido aos israelitas no deserto, conceitos semelhantes surgem em diversas passagens do Antigo Testamento.1 O significado transmitido por Paulo é claro: murmurações e queixas contra Deus resultaram em Seu julgamento e na destruição daqueles que agiram assim.

    Essas coisas aconteceram a eles como exemplos e foram escritas como advertência para nós, sobre quem tem chegado o fim dos tempos (1 Coríntios 10:11).

    Paulo mais uma vez destacou que os pecados e os julgamentos sofridos pelos israelitas no deserto aconteceram como exemplos e foram registrados no Antigo Testamento como advertências aos cristãos. Esses eventos não foram escritos apenas para o povo de Deus daquela época, mas também para edificação da igreja do Novo Testamento. Os seguidores de Cristo correm constantemente o risco de tratar suas experiências de graça como uma licença para o pecado, mas os exemplos do Antigo Testamento refutam esse tipo de liberdade.

    Os estudiosos apresentam diferentes interpretações sobre o que Paulo quis dizer ao se referir aos crentes como aqueles “sobre os quais chegou o fim dos tempos”. Alguns acreditam que ele está afirmando que, com a vinda de Cristo e Sua redenção, as eras anteriores chegaram ao seu fim determinado. Essa também parece ser uma referência escatológica, semelhante às expressões usadas por outros autores do Novo Testamento, como “nestes últimos tempos” (1 Pedro 1:20–21), “esta é a última hora” (1 João 2:18) e “nos últimos dias” (2 Timóteo 3:1).

    Assim, aquele que julga estar firme, cuide-se para que não caia! (1 Coríntios 10:12).

    Os cristãos que estão excessivamente confiantes e pensam estar firmes devem ter cuidado para não cair, como aconteceu com os israelitas no deserto. Paulo não quis dizer que a salvação pode ser perdida, mas adverte aqueles que, equivocadamente, achavam que podiam se entregar a comportamentos que Deus havia proibido.

    É provável que Paulo estivesse se dirigindo especialmente àqueles que acreditavam ter liberdade para comer nos templos dos ídolos. Embora agissem com a confiança de que não cairiam por isso, expunham-se ao risco de cair na idolatria e na imoralidade sexual. Paulo talvez estivesse pensando nos irmãos e irmãs mais fracos na fé, que ganhavam coragem para participar dessas refeições pagãs ao ver outros fazendo o mesmo. Ele já havia demonstrado preocupação com o fato de que esses irmãos e irmãs poderiam ser espiritualmente destruídos por causa dessa prática.

    Não sobreveio a vocês tentação que não fosse comum aos homens. E Deus é fiel; ele não permitirá que vocês sejam tentados além do que podem suportar. Mas, quando forem tentados, ele mesmo providenciará um escape, para que o possam suportar (1 Coríntios 10:13).

    A palavra “tentação”, neste versículo, é usada em um sentido amplo, referindo-se tanto a provações quanto a tentações. Um autor explica: “A imagem é a de um exército encurralado em terreno acidentado, que consegue escapar de uma situação aparentemente impossível por meio de uma passagem entre as montanhas.”2

    A mensagem inequívoca de Paulo é que os cristãos não enfrentarão tentações às quais não possam resistir. Primeiro, ele ressalta que todas as tentações enfrentadas pelos cristãos — inclusive a idolatria — são comuns a toda a humanidade. A tentação de transigir e comer alimentos sabidamente sacrificados a ídolos era corriqueira naquela região, mas os coríntios podiam superá-la, a exemplo do que fizeram outros cristãos que resistiram à tentação da idolatria.

    Segundo, Deus é fiel e não abandona Seu povo. Ele é digno de confiança e não permitirá tentações além do que os cristãos podem suportar. Deus sempre provê uma saída, um escape, para que os crentes resistam e não pequem. Ele mesmo não tenta ninguém (Tiago 1:13) e, em Seu imenso amor por Seus filhos, não permite que as tentações sejam tão fortes a ponto de vencê-los. Na verdade, os cristãos pecam quando deixam de resistir e não buscam a saída que Deus oferece.

    Por isso, meus amados irmãos, fujam da idolatria (1 Coríntios 10:14).

    Paulo dirigiu-se aos coríntios em termos afetuosos, chamando-os de “meus amados”. Seu conselho foi simples, mas contundente: “fujam da idolatria”. Em outras cartas, Paulo também orientou seus leitores a “fugir” do pecado sempre que percebessem estar em situação de risco (1 Timóteo 6:11; 2 Timóteo 2:22). Como os versículos anteriores deixam claro, a idolatria é algo extremamente sério. Os cristãos não devem brincar com isso. A única atitude sensata diante do pecado é evitar qualquer envolvimento com ele — o certo a fazer é fugir.

    Estou falando a pessoas sensatas; julguem vocês mesmos o que estou dizendo(1 Coríntios 10:15).

    Paulo partiu do pressuposto de que os coríntios eram pessoas sensatas e desejava que julgassem a questão por si mesmos. Ele confiava que a sabedoria dos argumentos que estava apresentando seria suficiente para convencê-los de sua posição.

    (Continua.)


    Nota
    A menos que indicado o contrário, todas as referências às Escrituras foram extraídas da “Bíblia Sagrada” — Tradução NVI.


    1 Veja, por exemplo, Êxodo 12:23, 1 Crônicas 21:15 e o Salmo 78:49.

    2 Leon Morris, 1 Corinthians: An Introduction and Commentary, vol. 7, Tyndale New Testament Commentaries (Downers Grove, IL: InterVarsity Press, 1985), 142.

  • Abr 1 1 Coríntios: Capítulo 9 (versículos 18-27)
  • Mar 23 1 Coríntios: Capítulo 9 (versículos 1–17)
  • Mar 3 1 Coríntios: Capítulo 8 (versículos 1–13)
  • Fev 20 1 Coríntios: Capítulo 7 (versículos 17–40)
  • Fev 5 1 Coríntios: Capítulo 7 (versículos 1-16)
  • Jan 24 1 Coríntios: Capítulo 6 (versículos 1–20)
  • Dez 23 Praticando Todas as Virtudes
  • Nov 26 Virtudes para os seguidores de Cristo: Domínio Próprio
  • Nov 12 1 Coríntios: Capítulo 5 (versículos 1–13)
   

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