• Sua alegria. Nossa força.

  • O louvor é a essência da adoração a Deus.

  • Eis que estou convosco sempre, até à consumação dos séculos.

  • Nós O amamos porque Ele nos amou primeiro.

  • Deus amou o mundo de tal maneira! Cada pessoa.

Âncora

Devocionais fáceis de usar

  • A Criação da humanidade: homem e mulher

    Por Peter Amsterdam

    [The Creation of Humankind as Male and Female]

    No relato da criação em Gênesis, capítulo 1, lemos que o universo e tudo que nele há —Sol, Lua, estrelas, planetas, oceanos, terra, animais, peixes e pássaros foram criados antes dos seres humanos, as últimas criações de Deus. Segundo a Bíblia, Deus criou Adão, o primeiro homem, e, depois, Eva, a primeira mulher.

    No tocante à origem da humanidade, o cristianismo acata o ensinamento bíblico de que Deus criou historicamente o primeiro homem e a primeira mulher. Sem entrar no mérito de que estrutura de tempo Deus pode ter usado na criação do mundo e da humanidade, a história da criação e da existência de Adão e Eva não é vista como mitologia ou como um recurso literário. O entendimento cristão é que foram pessoas reais que viveram no contexto da história do mundo.

    O Antigo Testamento oferece continuidade e conectividade entre Adão e as demais personagens das Escrituras hebraicas. Mostra a ligação entre as primeiras gerações de humanos e seus sucessores no contexto histórico do Antigo Testamento. (É possível que essas genealogias não incluam todas as gerações, mas apenas as principais ou mais importantes, o que quer dizer que pode haver decorrido muito mais tempo e existido muitas outras gerações além das relacionadas.)

    O Novo Testamento indica claramente que Adão é uma personagem histórica (1 Coríntios 15:45; 1 Timóteo 2:13). Com respeito à historicidade de Adão e Eva, e à narrativa em Gênesis, J. I. Packer escreveu:

    Apesar de fazer o relato em um estilo de certa forma figurado, o Livro de Gênesis nos convida à leitura como um registro histórico. Adão está ligado pela genealogia aos patriarcas e, por eles, toda a humanidade (capítulos 5, 10, 11), o que torna o primeiro homem tão parte da história no sentido tempo-espaço quanto Abraão, Isaque e Jacó.1

    Os versículos abaixo falam especificamente da criação do homem e da mulher. Gênesis 1 nos dá uma visão geral, enquanto os capítulos 2 e 5 são mais específicos.

    Então disse Deus: “Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança”; … Criou Deus o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou (Gênesis 1:26-27).

    Então o Senhor Deus formou o homem do pó da terra e soprou em suas narinas o fôlego de vida, e o homem se tornou um ser vivente (Gênesis 2:7).

    Então o Senhor Deus fez o homem cair em profundo sono e, enquanto este dormia, tirou-lhe uma das costelas, fechando o lugar com carne. Com a costela que havia tirado do homem, o Senhor Deus fez uma mulher e a trouxe a ele. Disse então o homem: “Esta, sim, é osso dos meus ossos e carne da minha carne! Ela será chamada mulher, porque do homem foi tirada” (Gênesis 2:21-23).

    Quando Deus criou o homem, à semelhança de Deus o fez; homem e mulher os criou. Quando foram criados, ele os abençoou (Gênesis 5:1-2).

    Homem e mulher, Adão e Eva, foram criados por Deus. à Sua imagem e semelhança e, depois de os criar, Deus os chamou, coletivamente, de “homem”. Antigamente, era comum usar o termo homem para se referir ao ser humano, homens e mulheres. Hoje, isso é menos comum e se preferem as palavras gênero humano e humanidade.

    Como citado acima, em Gênesis 1:26–27 Deus disse: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança … macho e fêmea os criou. O fato de Deus haver criado homem e mulher à Sua imagem expressa a igualdade entre os dois gêneros. Ambos são igualmente humanos.

    Como Pai, Filho e Espírito Santo são igualmente divinos em essência, homem e mulher são igualmente humanos e iguais em seu valor individual e em importância.

     O teólogo Wayne Grudem explica:

    Como somos igualmente criados à imagem de Deus, não resta dúvida que homens e mulheres são igualmente importantes e valiosos para Ele. Temos diante dEle o mesmo valor por toda a eternidade. O fato de homens e mulheres serem qualificados pelas Escrituras como seres “à imagem de Deus” deveria bastar para excluir todos os sentimentos de orgulho, inferioridade e qualquer conceito de que um sexo seria “melhor” ou “pior” que o outro... Se Deus nos atribui o mesmo valor, fica a questão encerrada, pois a avaliação de Deus é o verdadeiro padrão para toda eternidade.2

    Mulheres na Bíblia

    Apesar de o Novo Testamento ter sido escrito em um contexto social dominado pelo gênero masculino, ensina a igualdade entre homens e mulheres na relação com Deus. Um importante exemplo disso é que o Espírito Santo veio igualmente para homens e mulheres.

    Nos últimos dias, diz Deus, derramarei do meu Espírito sobre todos os povos. Os seus filhos e as suas filhas profetizarão, os jovens terão visões, os velhos terão sonhos. Sobre os meus servos e as minhas servas derramarei do meu Espírito naqueles dias, e eles profetizarão (Atos 2:17-18).

    Tanto Paulo quanto Pedro destacaram que os dons do Espírito Santo são dados a “cada um”. Entende-se, portanto, que os dois gêneros poderiam recebê-los.  (1 Coríntios 12:11).

    Em Seus dias na Terra, Jesus fez questão de romper os tabus da sociedade que desfavoreciam as mulheres. Falou com elas em público; conversou a sós com a samaritana (João 4:4-26); aprovou que a mulher descobrisse os cabelos e O tocasse na casa de Simão, o fariseu (Lucas 7:36-44); havia mulheres entre Seus seguidores e discípulos (Lucas 8:1-3) —coisas inaceitáveis na sociedade judaica da época.

    Paulo ressalta a igualdade entre todas as pessoas, inclusive a de gênero, no contexto da igreja:

    Pois os que em Cristo foram batizados, de Cristo se revestiram. Não há judeu nem grego, escravo nem livre, homem nem mulher; pois todos são um em Cristo Jesus (Gálatas 3:27-28).

    A escritora cristã Amy Orr-Ewing oferece a seguinte observação com respeito à aceitação de Jesus e o papel das mulheres na igreja primitiva:

    Contrastando com as normas culturais da época, Jesus tinha o hábito de revelar grandes verdades teológicas às mulheres. A primeira pessoa que descobre a verdadeira identidade de Cristo no Evangelho de João é a samaritana que Ele conheceu à beira de um poço. Não devemos subestimar quão radical isso foi. Jesus estava jogando para o alto os tabus culturais, ensinando às mulheres e permitindo que elas fossem Suas discípulas.

    Na realidade, é evidente que as elas desempenhavam um papel importante e ativo no Seu ministério, tanto como exemplos por Ele usados em Seus ensinamentos quanto como aprendizes de Sua doutrina. Apesar de isso ser absolutamente comum e apropriado para o contexto do século 21, devemos nos lembrar que nos referimos ao que se deu na Palestina do primeiro século. Jesus foi afirmativo na inclusão das mulheres.3

    Funções distintas

    Apesar de terem sido igualmente criados à imagem de Deus e iguais em sua individualidade e essência, homem e mulher têm papeis distintos segundo as Escrituras. Nos versículos sobre a criação da mulher é expresso o conceito de papeis diferentes (Gênesis 2:18-24; 1 Coríntios 11:3).

    Algumas indicações da diferença nas funções é que Adão foi criado primeiro, foi incumbido de dar nome aos animais e foi quem chamou Eva de “mulher”; Deus falou primeiro com Adão depois que ambos haviam pecado. E ele é visto como representante da humanidade (Romanos 5:12-18) a quem foi dada uma função de liderança.

    Mesmo havendo diferenças nas funções de Adão e Eva, infere-se ser uma relação harmoniosa. Os autores Lewis e Demarest expressam esse conceito da seguinte maneira:

    Antes da Queda, Adão e Eva desfrutavam de uma convivência irrestrita com seu Criador e Provedor. Aparentemente, era comum se encontrarem com Deus ao amanhecer e ao anoitecer (Gênesis 3:8). O primeiro casal desfrutava também de um relacionamento amoroso um com o outro. Não há evidência de suspeitas, invejas, ciúme ou ódio antes da Queda. Homem e mulher eram como Deus, tendo uma relação de respeito, amor e confiança mútuos.4

    Deus criou o homem e a mulher à Sua imagem e semelhança. Essa condição ainda permanece, apesar de prejudicada pelo pecado. Aos olhos de Deus, homens e mulheres são iguais. Enquanto cristãos, no casamento devemos buscar a união de dois seres humanos iguais, desempenhando os papéis que Ele nos deu em harmonia, compreensão mútua e amor um pelo outro. Como novas criaturas em Cristo, devemos ser transformados para nos tornarmos mais semelhantes à Sua imagem e assim refleti-lO em nossas relações. “E todos nós … segundo a sua imagem estamos sendo transformados com glória cada vez maior” (2 Coríntios 3:18).

    Publicado originalmente em julho de 2012. Adaptado e republicado em dezembro de 2025.


    1 J. I. Packer, Concise Theology (Tyndale House Publishers, 1993), 81.

    2 Wayne Grudem, Systematic Theology, An Introduction to Biblical Doctrine (InterVarsity Press, 2000), 456.

    3 Amy Orr-Ewing, Isn’t the Bible Sexist?

    4 Gordon R. Lewis e Bruce A. Demarest, Integrative Theology, Vol. 2 (Zondervan, 1996), 206.

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Espaço dos Diretores

Estudos bíblicos e artigos para edificação da fé

  • A Vida de Discipulado, 6ª Parte: Amor pelos Outros

    [The Life of Discipleship, Part 6: Love for Others]

    Em Levítico 19:18, no Antigo Testamento, encontramos o mandamento “ame cada um o seu próximo como a si mesmo”. Esse princípio se estende também ao estrangeiro: “O estrangeiro residente que viver com vocês será tratado como o natural da terra. Amem-no como a si mesmos” (Levítico 19:34). Nos Evangelhos segundo Mateus, Marcos e Lucas, Jesus confirma esse conceito, destacando esse mandamento como o segundo mais importante, depois de “amar a Deus de todo o coração, toda a alma, todo o entendimento e todas as suas forças” (Marcos 12:30-31).

    Em Lucas, lemos que, após ouvir Jesus proclamar o amor ao próximo como um dos maiores mandamentos, um perito na lei O desafiou: “E quem é o meu próximo?” numa tentativa clara de restringir o alcance do mandamento. A resposta de Jesus, na parábola do Bom Samaritano, é contundente. Ele amplia o termo “próximo”, mostrando que se estende muito além dos nossos amigos e comunidade local, alcançando desconhecidos e estrangeiros, e significa ter compaixão e cuidar dos que estão em necessidade (Lucas 10:25-35).

    Jesus determinou um padrão ainda mais alto no Sermão da Montanha, instruindo os discípulos a amarem seus inimigos.-- “Para que vocês venham a ser filhos de seu Pai que está nos céus. Porque ele faz raiar o seu sol sobre maus e bons e derrama chuva sobre justos e injustos” (Mateus 5:43-45). Evidentemente, todos estavam incluídos.

    Para o cristão, o cerne do amor ao próximo está em reconhecer que cada pessoa é preciosa para Deus. Independentemente de idade, etnia, gênero, nacionalidade, condição econômica, crença religiosa, afiliação política ou qualquer outra coisa. Deus ama todos: o mendigo na rua tanto quanto ama o homem mais rico do mundo. Ele é “compassivo, paciente e transbordante de amor… o Senhor é bom para todos” (Salmo 145:8-9).

    Deus deseja que vejamos cada pessoa que Ele criou como Ele as vê. Isso exige que as consideremos sem parcialidade, preconceito, opiniões preconcebidas ou estereótipos. O amor incondicional de Deus desconhece fronteiras de raça, credo ou status social, e deve guiar nossas ações, principalmente com aqueles que são diferentes de nós de alguma forma. A missão do discípulo, que segue os passos do Mestre, é refletir para os outros o amor que recebeu de Jesus. Como escreveu o Apóstolo Paulo:

    De fato, no devido tempo, quando ainda éramos fracos, Cristo morreu pelos ímpios. Dificilmente haverá alguém que morra por um justo; pelo homem bom talvez alguém tenha coragem de morrer. Mas Deus demonstra seu amor por nós: Cristo morreu em nosso favor quando ainda éramos pecadores. (Romanos 5:6-8).

    Isso não significa que tenhamos de gostar ou concordar com as crenças, o estilo de vida ou as escolhas de cada pessoa. Talvez não sigam os padrões morais de Deus ou vivam em pecado, mas não importa a sua condição, Deus as ama. As Escrituras ensinam que todo ser humano é feito à imagem e semelhança de Deus, que o amor vem de Deus, e Deus é amor (1 João 4:7-8). O impressionante amor de Deus é a maior referência que temos. Ele nos ensinou que devemos a ter as mesmas virtudes de amor, compaixão e misericórdia que Jesus demonstrou. Portanto, amar o nosso próximo é central para o discipulado cristão.

    Amor em ação

    Somos ordenados a amar uns aos outros como Jesus nos amou, e Ele ama a todos e veio para salvar a todos. Isso inclui: vizinhos, aqueles com quem temos um contato visual, por quem passamos na rua, de quem ouvimos falar nas notícias, quem está atrás de nós na fila ou sentado ao nosso lado em uma sala de espera. Amor ativamente é priorizar as necessidades do outro, transformando o amor maravilhoso que Jesus derramou nos deu em um exemplo lindo e tangível para toda a humanidade.

    Muitos acreditam que o amor é apenas um sentimento agradável e caloroso, mas o cristão é chamado para ir além – a colocar o amor em prática. Podemos compartilhar o amor de Deus reparando nas pessoas que outros nem notam, amando os considerados desagradáveis e ou de difícil convivência.

    Devemos pedir a Deus que nos ajude a amar os outros de forma ativa e prática -- a atravessar a rua para ajudar um vizinho, a preparar uma refeição quente para um amigo em necessidade, ou a visitar uma casa de repouso próxima para levar carinho aos idosos. Peçamos que Ele nos conduza aos lugares onde devemos refletir a Sua luz e que nos dê coragem e forças para compartilhar Seu amor com todos com cada pessoa que cruza nosso caminho.—Gini Wietecha1

    A chave para o discipulado

    O amor é a primeira chave para o discipulado intencional. Não é surpresa ouvir de alguns antigos incrédulos que essa é a característica que teve o maior impacto em sua decisão de seguir a Jesus. Ele demonstrou por onde passou, transformando vidas para sempre. Jesus… sentia-Se compelido a amar as pessoas, e não permitia que nada nem ninguém O impedisse de expressá-lo. O amor fluía dEle e tocava a vida daqueles que encontrava.—Shawn D. Anderson2

    Amor ágape

    No grego clássico, existem quatro palavras para amor: storge, que significa afeição natural (como a dos pais pelos filhos); philos, que designa o amor de amizade ou fraterno; eros, que se refere ao amor sensual ou apaixonado; e ágape, que é a palavra usada em todo o Novo Testamento para descrever o amor imerecido que Deus demonstrou à humanidade ao enviar Seu Filho como Redentor.

    A palavra para designar o amor humano no Novo Testamento é ágape —um amor altruísta e doador. Pode ser interpretado como o tipo de amor que estende a mão e faz bem ao próximo, que ama seu semelhante e prioriza as necessidades dos outros. É o amor que se empenha na redenção dos não salvos e procura ajudar os necessitados.

    O teólogo italiano Tomás de Aquino (1225–1274) definiu o amor ágape como “buscar o bem do outro”. Não se trata de emoção passageira ou um desejo, mas a decisão consciente de agir para promover o bem-estar do outro, mesmo que exija abnegação. Portanto, quando Jesus fala sobre amar os outros, refere-Se ao amor que se dá sem esperar nada em troca. É o amor que perdoa quem lhe faz mal, o amor que faz você se desdobrar para ajudar alguém. Esse amor altruísta e que se doa sobre o qual Jesus fala é obra do Espírito Santo em nossas vidas, enraizado nos princípios de Sua Palavra, e deve ser a característica que define nosso discipulado.

    Amor que se doa

    Fico impressionado com as diferentes facetas do sacrifício de Jesus e como refletem o incrível amor de Deus. Tenho refletido sobre como minha vida deveria espelhar esse amor que se doa, exemplificado por Jesus.

    A morte de Jesus na cruz é uma ilustração impressionante de Suas palavras de que ninguém tem maior amor do que aquele que dá sua vida pelos seus amigos (João 15:13). A cruz foi transformada de um símbolo brutal da morte na mais impactante ilustração do amor de Deus.

    Deus não mede esforços para mostrar o Seu amor, que vai além da nossa compreensão. Quanto Ele está disposto a dar? Tudo.

    Depois de realizar a tarefa humilde de lavar os pés de Seus primeiros seguidores e discípulos, Jesus lhes disse: “Eu lhes dei o exemplo, para que vocês façam como lhes fiz. Digo-lhes verdadeiramente que nenhum escravo é maior do que o seu senhor, como também nenhum mensageiro é maior do que aquele que o enviou” (João 13:15-16).

    Jesus Se doou completamente, em um ato de amor divino. Devemos seguir Seu exemplo. Nossa doação deve ser um ato de amor divino. “Agora que vocês sabem estas coisas, felizes serão se as praticarem” (João 13:17).—Matt Erickson3

    Amor pelos irmãos

    Deus deseja que amemos toda a humanidade e sejamos exemplos de Suas virtudes para todos com quem temos contato e interagimos diariamente. No entanto, Ele está ainda mais interessado que demonstremos amor por nossos companheiros cristãos (chamados na Bíblia de irmãos) — o corpo de Cristo (1 Coríntios 12:12-13). Este é o tipo de amor ao qual Jesus Se refere quando diz:

    Um novo mandamento lhes dou: Amem-se uns aos outros. Como eu os amei, vocês devem amar-se uns aos outros. Com isso todos saberão que vocês são meus discípulos, se vocês se amarem uns aos outros”. (João 13:34-35).

    Em 1 João, também lemos sobre a importância do nosso amor por nossos irmãos na fé. “Nós sabemos que já passamos da morte para a vida porque amamos nossos irmãos” (1 João 3:14). E, “Nisto conhecemos o que é o amor: Jesus Cristo deu a sua vida por nós, e devemos dar a nossa vida por nossos irmãos” (1 João 3:16).

    As epístolas nos exortam a ajudar, cuidar, ter compaixão e fazer o bem aos nossos irmãos. “Portanto, enquanto temos oportunidade, façamos o bem a todos, especialmente aos da família da fé” (Gálatas 6:10). João falou enfaticamente sobre negligenciar os irmãos: “Se alguém tiver recursos materiais e, vendo seu irmão em necessidade, não se compadecer dele, como pode permanecer nele o amor de Deus?” (1 João 3:17).

    Por que é tão importante cuidar e apoiar, de forma espiritual ou prática, nossos irmãos na fé? Jesus respondeu dizendo: “Com isso todos saberão que vocês são meus discípulos, se vocês se amarem uns aos outros”. Ele deseja que Seus seguidores sejam reconhecidos pelo amor. Amar nossos irmãos é um elemento fundamental do discipulado e de refletir a luz do amor de Cristo e o Evangelho para o mundo.

    Poucas horas antes de ser preso, Jesus orou ao Seu Pai para que os discípulos, tanto os que O acompanhavam quanto todos os que viriam a segui-lO, estivessem em unidade, assim como Ele e Seu Pai são um. – “Para que o mundo creia que tu me enviaste e os amaste como igualmente me amaste” (João 17:20-23). Jesus orou para que todos os Seus discípulos fossem um: um corpo, unido em amor; um na fé, um na missão, um na mentalidade de Cristo.

    Não se espera que todos os discípulos tenham a mesma opinião, mas nas questões centrais do discipulado, como fé, amor, serviço a Deus e levar o Evangelho ao mundo, Jesus orou pela unidade entre eles. Os cristãos podem divergir em questões secundárias de doutrina ou crença, mas devem estar unidos nas crenças fundamentais (como a fé em Deus, a salvação em Jesus, a Trindade, a Bíblia como a Palavra de Deus e a Grande Comissão de pregar o evangelho).

    Quando estamos unidos e reunidos em Cristo, Ele está presente. “Pois onde se reunirem dois ou três em meu nome, ali eu estou no meio deles” (Mateus 18:20). Parte do testemunho dos discípulos é Cristo entre nós, dando aos outros a chance de sentir Sua presença. A alegria e o amor atraem as pessoas e servem de testemunho vivo do amor de Jesus, além de fortalecerem nosso discipulado. Em Hebreus lemos: “E consideremos uns aos outros para nos incentivarmos ao amor e às boas obras. Não deixemos de reunir-nos como igreja, segundo o costume de alguns, mas procuremos encorajar-nos uns aos outros” (Hebreus 10:24-25).

    Quando os discípulos se reúnem para comunhão espiritual, Deus está presente no meio deles, e isso os fortalece. O Espírito Santo cria uma atmosfera viva e amorosa entre os crentes. Orar, adorar, compartilhar testemunhos, ter conversas profundas, desfrutar da companhia uns dos outros cria um ambiente maravilhoso que fortalece e edifica os participantes. O convívio entre cristãos, seguindo a orientação do Senhor, faz parte da vida do discípulo.

    Amar o próximo e nossos irmãos em Cristo é um pilar do discipulado e parte da nossa vocação. Vamos, portanto, assumir o compromisso de ser exemplos vivos do amor de Deus para aqueles que Ele coloca em nosso caminho. Que o amor de Cristo nos motive a fazer o bem, “porque estamos convencidos de que… ele morreu por todos para que aqueles que vivem já não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou” (2 Coríntios 5:14-15).

    Para refletir

    Eu acredito que Deus demonstra o Seu amor ao mundo por meio de cada um de nós.—Madre Teresa

    Nós instintivamente tentamos limitar por quem nos esforçamos. Dedicamo-nos a gente como nós e de quem gostamos. Jesus não aceita isso. A história do samaritano que socorreu o judeu foi uma maneira poderosa que Ele usou para mostrar que todo aquele que precisa -- independentemente de raça, política, classe social e religião – é nosso próximo. Nem todos são irmãos na fé, mas todos são próximos, e devemos amá-los.—Timothy Keller

    Toda pessoa que encontramos é amada por Deus e é alguém por quem Jesus morreu. Podemos transmitir o amor de Deus a todos que encontramos durante o dia -- estranhos, conhecidos, amigos e família! Todos os dias, temos a oportunidade de mostrar o amor de Deus aos outros.—Askaboutmyfaith.com

    O que a Bíblia diz

    “Amados, visto que Deus assim nos amou, nós também devemos amar-nos uns aos outros. Ninguém jamais viu a Deus; se nos amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós, e o seu amor está aperfeiçoado em nós”. (1 João 4:11-12).

    “Se vocês amarem aqueles que os amam, que recompensa receberão? Até os publicanos fazem isso! E se vocês saudarem apenas os seus irmãos, o que estarão fazendo de mais? Até os pagãos fazem isso! Portanto, sejam perfeitos como perfeito é o Pai celestial de vocês” ( Mateus 5:46-48).

    “Acima de tudo, porém, amem-se sinceramente uns aos outros, porque o amor perdoa muitíssimos pecados”. (1 Pedro 4:8).

    Oração para amar o próximo

    Querido Senhor, que eu seja uma bênção para o meu próximo. Não só para aqueles próximos de mim, mas todos com quem tenho contato, mesmo que estejam longe. Que eu seja um bom samaritano para alguém hoje. Que eu seja um instrumento da Sua compaixão e aja com boa vontade para com meus irmãos.

    Senhor, dê-me forças para cumprir o Seu mandamento de amar. ... Que eu não feche o meu coração àqueles que estão em necessidade. Que eu compartilhe as bênçãos que recebi de Você com quem me pedir ajuda. Que eu nunca deixe de amar. Que eu veja cada pessoa que encontro na minha caminhada como uma oportunidade de viver os ensinamentos de Cristo.

    Senhor, peço que abra o meu coração para ter amor genuíno pelos Seus mandamentos. Ensine-me a amar Você acima de tudo e o meu próximo como a mim mesmo. Que eu sempre tenha a visão do mandamento fundamental de amar.4


    1 Gini Wietecha, “What God Says About Loving Others,” Dayspring, 25 de agosto de 2023, https://www.dayspring.com/articles/loving-others-well?srsltid=AfmBOopdtkbOB8KU0CKhjKhVDsfMpiTzEZ7HKjXsHwPWxRs_y-rYtam6.

    2 Shawn D. Anderson, Living Dangerously (Wipf and Stock, 2010).

    3 Matt Erickson, “Self-Giving Love,” 14 de junho de 2010, https://mwerickson.com/2010/06/14/self-giving-love/.

    4 Pearl Dy, “How to 'Love Your Neighbor As Yourself' as in Mark 12:31,” Christianity.com, 24 de janeiro de 2023, https://www.christianity.com/wiki/bible/love-your-neighbor-as-yourself-bible-meaning-of-mark-12-31.html.

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  • Nov 11 1 Coríntios: Capítulo 14 (versículos 26–40)
  • Out 28 A Vida de Discipulado, 5ª Parte: Buscar primeiro o Reino de Deus
  • Out 14 1 Coríntios: Capítulo 14 (versículos 1–25)
  • Set 30 A Vida de Discipulado, 4ª Parte: Relacionamento com Deus
  • Set 16 A Vida de Discipulado, 3ª Parte: Permanecer em Cristo
  • Set 2 1 Coríntios: Capítulo 13 (versículos 1–13)
  • Ago 12 A Vida de Discipulado, 2a. Parte: Amar a Deus de todo o coração
  • Ago 7 1 Coríntios: Capítulo 12 (versículos 12–30)
  • Jul 15 A Vida de Discipulado: Introdução
   

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